sexta-feira, 28 de março de 2008


As estrela além do infinito derramam pétalas de luz
sobre a escuridão da noite,
É harmonia, o imponderável...
O planeta que brilha em meus olhos,esconde surpresas
E a lua sorri de meu espanto,
Ela sabe meus medos, segredos, desejos.
Ela é encanto e magia
E eu, nada mais que poeira perdida
na imensidão da noite.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Estamos todos aqui, com o olhar fixo ao muro, a rua, a chuva,
de soslaio ao relógio.
Não marcamos encontros e, no entanto,
estamos marcados com o mesmo trajeto.
Nem bom dia, nem adeus.
Nos conhecemos entre olhares queixosos
num vai-e-vem cronometrado
entre paredes de aço e vidro.
Percorremos os mesmos sonhos,
doem as mesmas feridas
com lagrimas disfarçadas em sono.
Amanhã estaremos juntos novamente
sem querer, sem sabermos que fazemos parte
da mesma realidade impiedosa.

terça-feira, 18 de março de 2008

Os dias ultimamente passam por mim como folhas ao vento, aquelas que você, por mais que corra não vai alcançar. Tantas dúvidas, infinitas estas. Por mais que eu insista, pense, pense e pense, parece que minha cabeça se nega a responder.
A imaginação corre solta, e como um tipo de defesa, cria mil e uma ilusões.Eu as vivo. Um mundo surreal, de palavras não ditas, amores platônicos e amigos imaginários.Uma artimanha para devolver sol aos meus dias escuros.Passado e futuro disputam minha mente num jogo sangrento, e onde eu sou quem mais ganha e perde ao mesmo tempo. Por fora, uma paz não interior. Sorrisos e olhares, falam de sentimentos, mas nem todos entendem esta língua e os que entendem, fingem não saber.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Saí de mim nesta noite de lua em busca de um sonho.
O céu uma cortina de prata onde lamparinas azuis rasgavam o amanhecer.
Nas esquinas silenciosas do infinito, pousei no vento, tropecei nas horas, na renda das nuvens, despida, vestida apenas de fiapos de luar.
Silêncio na terra, no espaço, livre... como um pássaro, no meu sonho fecho os olhos de saudade à cálida luz das estrelas, no opala do horizonte ao sol, dourando os dedos da manhã, viajo, vôo por entre sombras e luzes, nos ares do tempo ao beijo alado do vento. Sonhei amor, com você afagando os olhos da manhã no marfim de luar.
Ainda tarda o dia, acorda agora, que pena... nos fios do tempo balançam as horas, agoniza minha fantasia.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Chega um dia
em que o dia já não é mais suficiente,
em que as horas são curtas
e os minutos inexistentes
Chega um dia em que a cor,
antes tão viva
agora se apaga desmaiada
Chega um dia em que
é preciso virar a mesa,
sacudir o medo,
içar a esperança.
Porque a chave já não abre mais a porta da alma,
emperrada pela mesmice
porque a vida já segue outros cursos,
porque a voz canta noutro tom,
porque as pernas já não levam para o mesmo caminho.
E assim,
nesse rodopiar
angustiante,
aflito e desejado,
me vejo emergir do sono atormentado
que mergulhei minha existência.

terça-feira, 11 de março de 2008


a arte de

olhar fotos na parede,

mil lembranças de um tempo que não volta mais

as fotos ganham vida,

andam pelo seu inconsciente.

te fazem perceber que a vida é feita de momentos,

congelados em pequenos pedaços de papel.


domingo, 9 de março de 2008


As Vezes é preciso ter alguém para amar,
alguém para se descançar nos braços, que te mantenha seguno na chuva caudalosa.
Que te dê uma estação eterna, aquela que nem os mais bravos cavaleiros medievais poderiam tirar de você.
Alguém que se possa reconhecer como um anjo, que irá te levantar do chão de pedras e não te deixar cair no abismo da frustação.
Aquele qual você possa mergulhar no olhar. Ir até a mais distante estrela do universo e voltar em frações de segundos. Um amor diferente de tudo que já se ouviu, porque gestos dizem mais que palavras.
As vezes é preciso amar e se sentir amado .

sábado, 8 de março de 2008

Garimpadores inexperientes

Alguns comparam nossa vida com um livro, mas não concordo muito com essa comparação. Livros podem ter folhas arrancadas e frases rasuradas. A vida não nos da essa oportunidade. Alguns aspectos claro são muito parecidos, mas aos olhos dos outros. Sou mais a ideia de que nossa vida é como uma mina,e que cada pessoa que conhecemos, tem a escolha de garimpá-la ou não. É simples observar as semelhanças.
Exploramos a mina da vida, de acordo com o que desejamos reter desta pessoa, e investimos nisso, o suficiente para suprir nossas expectativas, suficiente este, que às vezes parece não ser o bastante para os outros. Num estagio mais avançado, escolhemos se vamos ou não prosseguir nesta caminhada.Nem sempre há o retorno esperado e quando tudo isso acaba, ficamos cedentes de reparos. Cicatrizes enormes nos ferem como impactos ambientais de longa escala. Reparos têm que ser feitos, e ali ficamos, ao mercê de novos garimpadores, mesmo sabendo que estes, também podem tirar tudo de bom que ainda resta, e depois disso, nos deixe novamente.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Definitivamente esses contos de fada nos fazem mal ;xx
Nos dão a ideia de real a linda imagem dos príncipes encantados, aqueles que irão te salvar da bruxa má, te tirar da torre, enfrentar mundos e fundos apenas pra estar ao seu lado.
Eu mesma, que acreditava não acreditar nessas '' babaquices'' estou me surpreendendo.
Definição básica pra amor platônico, um ser que parece ser perfeito, mas que ao mesmo tempo que está tão distante, está a poucos passos de você, e você pode dar esses passos e ir até lá, maaaas o medo das pedras o derrubarem ou então o receio de acordar deste mundo de fantasia
te deixa adormecida, em coma profundo apenas a observar-lo e também sonhando com mil e uma coisas, coisas essas que podiam estar acontecendo, mas não estão!
Dizem que a vida imita a arte, mas não quero um final feliz,e sim não ter que esperar tanto tempo, apenas alguns capítulos mágicos já seriam suficientes, cheios de pedrinhas de brilhante, nem que essas fossem apenas um punhado de lantejoulas coloridas.

quarta-feira, 5 de março de 2008

No sacudir dos galhos

Bem que o vento podia levar consigo as desaventuranças nossas de cada dia. Nossos medos, anseios, esperanças infundáveis, lembranças que nos prendem a um passado que ainda não se transformou em passado.Que nos levasse onde temos que ir, onde realmente encontremos o sentido de tudo, se é que existe mesmo um sentido, se precisa existir.Onde a necessidade de se sentir querido, amado, vivo em um coração, seja mais que uma necessidade. Seja algo que se torne tão obvio, e tão comum a nossos dias a ponto de não nos fazer mais falta.
Vento esse que com a mesma intensidade que leva a pluma que a criança brinca para o alto, clareia infinitos espaços transformado em energia;Refresca momentaneamente um pequeno ferimento e também movimenta infinitos grãos de areia no deserto.Bem que essa brisa que bagunça meus cabelos, podia abrir meus olhos,Me fazer ver além do reflexo do sol na água. Além da minha janela, da lente embaçada dos meus óculos. Além das horas, dos rostos e dos sentimentos. Além do que eu quero ver. Até onde eu preciso olhar.
Ao invés disso, trás com sigo gotas de chuva, branda ou com entusiasmo. Combinação essa que pode causar grandes estragos ou então, acalmar e devolver ao seu devido lugar uma alma que longe foi com o vento, sem mesmo ter tirado os pés do chão.